Traição: psicóloga explica tipos, consequências e o gênero mais infiel

Na última terça-feira (29), surgiu um foco intenso nas redes sociais em torno da alegada traição do cantor MC Cabelinho à sua namorada e atriz, Bella Campos.

Em seu perfil do Instagram, Bella compartilhou uma declaração em seus stories confirmando o término do relacionamento “por motivos evidentes”. Ela expressou: “Apesar de esperar por uma declaração pública do MC Cabelinho sobre os rumores de traição, os homens, de uma maneira geral, são poupados desse questionamento… Então, vamos lá: como não recebemos nenhuma manifestação dele a respeito do ocorrido, eu mesma confirmo aqui que não estamos mais juntos, pelos motivos evidentes”.

A questão da traição é multifacetada e pode ocorrer em diversos cenários.

Segundo a psicóloga e mestre em psicologia e saúde Ana Streit, além da traição física, outros tipos incluem:

– Comprometimento condicional, que envolve “estar com alguém até que apareça uma pessoa melhor”;
– Um caso sem envolvimento sexual, ou seja, manter uma ligação emocional com outra pessoa, escondendo-a do parceiro;
– Mentiras e omissões, abrangendo desde pequenas mentiras até manipulações mais complexas;
– Desrespeito, demonstrando desprezo pelo parceiro ou parceira;
– Quebra de promessas, prometendo algo sabendo que não será cumprido, o que também é uma forma de manipulação;
– Comportamentos como egoísmo e injustiças, revelando falta de reciprocidade e parceria na relação.

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De acordo com a especialista, cada tipo de traição afetará de maneiras diferentes aqueles que foram traídos, e o acumular de traições pode agravar o impacto.

O beijo pode ser interpretado como traição dependendo do contexto e dos acordos estabelecidos dentro do relacionamento. Em relacionamentos monogâmicos, muitas vezes existe a expectativa de exclusividade emocional e física entre os parceiros. Nesse contexto, um beijo entre um parceiro e outra pessoa pode ser considerado traição por romper essa exclusividade.

Existe uma categoria chamada estelionato emocional, que consiste em uma forma de abuso psicológico envolvendo manipulação, mentiras e criação de um mundo ilusório. Esse tipo de comportamento pode estar relacionado a benefícios financeiros obtidos por meio de fraudes.

Quanto à frequência de infidelidade entre os gêneros, estudos indicam que os homens tendem a trair mais historicamente, devido ao patriarcado e às disparidades de gênero que os colocam em uma posição de poder. No Brasil, por exemplo, oito em cada 10 pessoas admitiram ter traído em relacionamentos monogâmicos, colocando o país como líder de infidelidade na América Latina.

Em relação ao perdão, geralmente as mulheres tendem a ser mais propensas a perdoar do que os homens. O machismo presente em nossa sociedade influencia os relacionamentos de maneira significativa, e é fundamental refletir sobre a equidade de gênero, onde a empatia e reciprocidade são mais importantes do que as normas machistas e patriarcais, conclui a psicóloga.