CNN Sinais Vitais aborda causas e tratamentos da dor crônica

A dor crônica é um problema de saúde que afeta uma parte significativa da população brasileira, estima-se que entre 20% e 30% das pessoas enfrentem essa condição. A dor pode se manifestar de várias formas, incluindo dores de cabeça, dores na coluna e dores generalizadas, como é o caso da fibromialgia. Para entender a gravidade desse assunto, é importante reconhecer que a dor é considerada crônica quando persiste por mais de três meses e não responde adequadamente ao tratamento padrão com medicamentos ou terapias.

A dor crônica pode ser classificada em dois tipos principais: a dor nociceptiva, que surge devido a lesões nos tecidos (como músculos, ligamentos e ossos), e a dor neuropática, resultante da irritação dos nervos, geralmente associada a condições como o câncer. Esses dois tipos de dor têm características diferentes e exigem abordagens distintas no tratamento.

Neste contexto, o programa CNN Sinais Vitais abordará em um episódio recente as causas e tratamentos da dor crônica, destacando a importância da conscientização e do cuidado multidisciplinar. O cardiologista Roberto Kalil apresentará informações valiosas, com a participação do médico Manoel Jacobsen Teixeira, que é especialista na área. O contexto atual, agravado pelo sedentarismo, inatividade física e padrões inadequados de sono e descanso, tem contribuído para a elevação dos casos de dor crônica no Brasil.

CNN Sinais Vitais aborda causas e tratamentos da dor crônica

É essencial discutir como a dor crônica se manifesta e as suas consequências na vida dos indivíduos afetados. Para muitos, conviver com dor constante não é apenas um desafio físico, mas também emocional e psicológico. E como se isso não bastasse, a pandemia de COVID-19 também teve um impacto significativo no aumento dos casos dessa condição. Com um estilo de vida mais sedentário, as pessoas têm experimentado mais desconforto e problemas de saúde associados à dor crônica.

Os especialistas têm observado que a falta de atividade física está diretamente relacionada ao surgimento de dores musculares e articulares, como na região lombar (lombalgia), e isso é corroborado por estudos que indicam que a dor nas costas é uma das queixas mais comuns entre os pacientes que buscam atendimento médico. O ortopedista Ricardo Kobayashi, por exemplo, salientou que a lombalgia é a principal causa de incapacidade no Brasil e uma condição que pode afetar a qualidade de vida de qualquer pessoa em algum momento. Isso demonstra que o conhecimento sobre a dor crônica é essencial para a prevenção e tratamento.

Na prática clínica, a dor crônica é frequentemente gerida por equipes multidisciplinares, incluindo reumatologistas, neurologistas, ortopedistas, fisioterapeutas, psicólogos e até psiquiatras. Essa abordagem é crucial, pois a dor não afeta somente o corpo; ela pode gerar fenômenos emocionais, como a ansiedade e a depressão. Por exemplo, estudos mostram que cerca de 30% dos pacientes com fibromialgia experimentam sintomas depressivos. Essa condição, que já é desafiadora por si só, muitas vezes se associa à fadiga e ao distúrbio do sono, tornando ainda mais complexa a gestão do tratamento.

A experiência da dor pode ser tão intensa que, como mencionado por médicos que atuam em hospitais, algumas condições são classificadas entre as piores dores que um ser humano pode suportar, como é o caso da neuralgia do trigêmeo. Essa condição resulta da irritação do nervo trigêmeo e pode causar dores faciais agudas que desestabilizam a vida cotidiana. Os pacientes que enfrentam essas dores crônicas frequentemente encontram dificuldade em se engajar em atividades sociais e profissionais.

Em uma abordagem pragmática, CNN Sinais Vitais aborda causas e tratamentos da dor crônica e oferece uma visão sobre como a dor é tratada atualmente. Muitos especialistas defendem que a integração de cuidados e terapias diversas é fundamental. Por exemplo, um reumatologista pode trabalhar em conjunto com um fisioterapeuta para desenvolver um regime de exercícios que ajude a fortalecer a musculatura e reduzir a dor, enquanto um psicólogo pode auxiliar na adaptação mental ao convívio com a dor.

Tratamento da dor crônica

O tratamento da dor crônica requer uma visão holística do paciente, o que envolve olhar não apenas para os sintomas físicos, mas também para os aspectos emocionais e sociais. A terapia farmacológica, que habitualmente inclui analgésicos e anti-inflamatórios, pode ser um primeiro passo, mas muitas vezes não é suficiente para resolver o problema. É aqui que a multidisciplinaridade se torna crucial, pois diferentes profissionais podem trazer perspectivas e conhecimentos variados que se complementam.

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Há muitas opções terapêuticas a serem exploradas, incluindo métodos não convencionais e complementares, como acupuntura, meditação e fisioterapia, que podem oferecer alívio aos pacientes. O acompanhamento psicológico se mostra essencial, especialmente em casos onde a dor está associada a distúrbios de humor.

No caso da fibromialgia, por exemplo, o tratamento é abrangente, contemplando o uso de antidepressivos, que podem ajudar na gestão de sintomas, e terapia cognitivo-comportamental, que auxilia o paciente a desenvolver estratégias para lidar com a dor e suas consequências. Essa condição merece atenção detalhada, pois a experiência de dor constante pode levar a uma redução na qualidade de vida das pessoas.

Assim, a dor crônica não é apenas uma questão de saúde física, mas um desafio que exige uma abordagem abrangente e colaborativa. O tratamento deve ser adaptado às necessidades individuais e pode incluir fisioterapia para melhorar a mobilidade, exercícios físicos regulares, massagens terapêuticas e intervenções mais complexas, como bloqueios nervosos ou até mesmo cirurgias em casos extremos.

Perguntas frequentes sobre dor crônica

Quais são os sinais de que a dor se tornou crônica?
A dor é considerada crônica quando persiste por mais de três meses e não responde aos tratamentos convencionais.

Quais são as principais causas da dor crônica?
As causas incluem lesões, doenças autoimunes, condições neurológicas e fatores psicológicos, entre outras.

Como o sedentarismo afeta a dor crônica?
A falta de atividade física pode agravar condições musculares, resultando em um aumento dos sintomas de dor.

É possível tratar a dor crônica sem medicamentos?
Sim, muitas abordagens, como fisioterapia, acupuntura e terapia ocupacional, podem ser efetivas no tratamento sem o uso de medicamentos.

A dor crônica pode levar a problemas emocionais?
Sim, condições como a ansiedade e a depressão são comuns entre pessoas que enfrentam dor crônica.

Quais profissionais podem ajudar no tratamento da dor crônica?
Uma equipe multidisciplinar é ideal, incluindo médicos, fisioterapeutas, psicólogos e enfermeiros, entre outros.

Concluindo, a dor crônica não é uma condição que deve ser subestimada. O impacto que ela causa na vida das pessoas é profundo e pode afetar todos os aspectos de suas vidas. Por isso, é importante que cada um saiba reconhecer os sinais de dor persistente e busque a ajuda necessária. Com a colaboração de uma equipe médica qualificada, as pessoas podem encontrar alívio e qualidade de vida, mesmo convivendo com a dor crônica. Assim, a discussão promovida pelo CNN Sinais Vitais é não apenas relevante, mas essencial para desconstruir mitos e informar o público sobre as melhores práticas e caminhos para gerenciar essa condição debilitante.