Você já teve contato com o Distúrbio de Personalidade Antissocial?
Muitas vezes confundido com a psicopatia, esse é um problema que afeta significativamente a forma como o indivíduo interage com as pessoas ao seu redor, uma vez que ele adota comportamentos impulsivos, irresponsáveis e até mesmo ilegais.
Neste artigo, discutiremos sobre esse distúrbio, esclarecendo suas distinções em relação à psicopatia e detalhando métodos de diagnóstico e tratamento. Confira!
O que é o Distúrbio de Personalidade Antissocial (DPA)?
O Distúrbio de Personalidade Antissocial, também conhecido como DPA, é uma condição em que a pessoa demonstra um padrão de comportamento que desconsidera as normas sociais e os direitos dos outros.
O indivíduo com esse distúrbio, denominado sociopata, é impulsivo e não costuma sentir remorso após cometer atos ilegais ou prejudiciais a terceiros.
É importante ressaltar que o DPA é mais frequente em homens e pode estar associado a outros distúrbios, como hiperatividade, Transtorno de Personalidade Borderline e abuso de substâncias ilícitas.
Quais são as origens desse distúrbio?
O DPA está amplamente ligado a influências ambientais, especialmente a traumas vivenciados durante a infância.
É comum que indivíduos com Distúrbio de Personalidade Antissocial tenham sido vítimas de abuso, violência ou tenham convivido com pais alcoólatras, por exemplo.
Dessa forma, o ambiente em que a pessoa é criada desde a infância pode desencadear esse e outros distúrbios.
Quais são os principais sinais do DPA?
Pessoas com Distúrbio de Personalidade Antissocial exibem as seguintes características (nem sempre todas):
– Comportamento impulsivo;
– Manipulação das pessoas através de charme e inteligência;
– Irresponsabilidade;
– Falta de remorso ao quebrar regras;
– Insensibilidade;
– Mentira constante;
– Tendência à violência;
– Sentimento de superioridade;
– Falta de respeito pelo próximo;
– Indiferença aos sentimentos alheios;
– Relacionamentos abusivos o superficiais;
– Comportamentos de risco sem considerar própria segurança ou dos outros;
– Constante irritação;
– Dificuldade em diferenciar certo de errado;
– Problemas recorrentes com a lei;
– Incapacidade de manter emprego por longo prazo.
Esses comportamentos geralmente surgem na adolescência, por volta dos 11 anos, com maior intensidade aos 15 anos. No entanto, é necessário ser maior de idade para diagnóstico adequado.
Qual a diferença entre Distúrbio de Personalidade Antissocial e Psicopatia?
Apesar das similaridades, é comum confundir o Distúrbio de Personalidade Antissocial com a psicopatia. No entanto, são condições distintas.
O DPA pode englobar a psicopatia, pois compartilham sintomas semelhantes. Porém, nem todo indivíduo com DPA é um psicopata e vice-versa.
Diferenças significativas entre as condições incluem:
– Causa: a psicopatia tem base genética, enquanto o DPA está mais relacionado ao ambiente em que a pessoa foi criada.
– Comportamento: psicopatas são calculistas e frios, enquanto os com DPA agem por impulso.
– Relacionamentos: psicopatas mantêm aparências, enquanto os com DPA têm dificuldade em relações.
– Crimes: psicopatas planejam atos ilícitos complexos, enquanto portadores de DPA cometem crimes menos elaborados.
Como é feito o diagnóstico do DPA?
O diagnóstico do Distúrbio de Personalidade Antissocial é feito em indivíduos maiores de 18 anos.
Para diagnosticar, um psiquiatra especializado deve observar pelo menos três dos seguintes sinais de forma persistente:
– Violação sistemática das leis;
– Irritabilidade e agressividade constantes;
– Mentir com propósitos egoístas ou prazer pessoal;
– Desprezar segurança própria e dos outros;
– Impulsividade e incapacidade de planejamento;
– Irresponsabilidade contínua, como abandono de empregos ou dívidas não pagas;
– Ausência de remorso ao prejudicar os outros.
A partir desses indicativos, o especialista pode diagnosticar o DPA.
Existe tratamento para o Distúrbio de Personalidade Antissocial?
Sim, há tratamento para o Distúrbio de Personalidade, apesar de não haver cura. O foco está em aprender a lidar com os sintomas e conviver de maneira mais saudável.
O tratamento inclui psicoterapia, que trabalha a visão do paciente sobre os outros e seus próprios sentimentos, e pode incluir o uso de medicamentos para estabilizar o humor.
Com o tratamento adequado e comprometimento do paciente, é possível obter melhor qualidade de vida e integração social.
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